Polícia faz varredura na Praça dos Três Poderes para verificar se há mais explosivos
Homem morreu após detonar artefatos na noite desta quarta-feira (13). Corpo de Francisco Wanderley Luiz ainda não foi retirado do local. Polícia faz varredur...
Homem morreu após detonar artefatos na noite desta quarta-feira (13). Corpo de Francisco Wanderley Luiz ainda não foi retirado do local. Polícia faz varredura na Praça dos Três Poderes para verificar se há mais explosivos A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma varredura, na manhã desta quinta-feira (14), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Um homem morreu após detonar artefatos no local, na noite desta quarta-feira (13). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Por causa do trabalho dos militares, a Praça dos Três Poderes está interditada. Conforme apurado pela TV Globo, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desativou artefatos explosivos que estão sendo encontrados ao redor da praça. Os militares encontraram: um relógio com contagem regressiva no corpo de Francisco Wanderley; dois artefatos explosivos no cinto do homem; um artefato explosivo próximo ao corpo; um extintor de incêndio adaptado para explosão próximo ao corpo. Uma das bombas que estavam com o homem que morreu após explosões em frente ao STF Antônio Augusto/STF Além das explosões em frente ao STF, momentos antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro está no nome de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, segundo o delegado-geral de Santa Catarina Ulisses Gabriel. Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento. Com o fim da varredura da PM e da Polícia Federal na Praça dos Três Poderes, o corpo foi liberado para remoção pelo Instituto Médico Legal (IML), retirado por volta das 9h e encaminhado para o Serviço de Medicina Legal da Polícia Federal, no Instituto Nacional de Criminalística. O trabalho dos militares continua próximo ao carro de Francisco Wanderley. O trânsito foi liberado por volta das 12h. Apurações da TV Globo apontam que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos orientou que o expediente nesta quinta-feira será normal. A Câmara dos Deputados e o Senado têm atividades suspensas até meio-dia, assim como o STF. Polícia faz varredura na Praça dos Três Poderes para verificar se há mais explosivos TV Globo/Reprodução O que se sabe sobre o caso: Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos. O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O dono é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu (ele teve 98 votos naquela disputa). Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal. Cerca de 20 segundos após o episódio no estacionamento, um homem morreu em uma outra explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto). Até a última atualização desta reportagem, o corpo não havia sido retirado do local. Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, a vítima da explosão foi identificada como sendo Francisco Wanderley Luiz, o proprietário do veículo que também explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca. Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba. Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro. No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições". O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu. No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas. A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio. A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército. Depois do episódio, ele se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial. A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes. Testemunhas relataram que "o barulho foi muito alto" e que viram "o pessoal correndo". Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.